Jornal do Povo - Coluna Artigo - Com os livros aprendi...

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Uma outra divulgação recente da nossa feira saiu no Jornal do Povo, jornal local. Acima em destaque você terá acesso ao jornal, aqui em baixo é a copia pra casos de quem nao tem a conta no jornal.


Com os livros aprendi...
por Tatiane Machado da Silva / Psicóloga (jp@jornaldopovo.com.br)
É motivador quando alunos resolvem mudar a realidade de sua própria escola
Alguma vez em sua vida você já se fez essa pergunta: o que aprendi com os livros? Se nunca pensou nisso, aproveite esse momento para refletir, lembre dos livros didáticos lá da época da escola, ou então algum que leu simplesmente para o vestibular e que por sinal odiou e ,melhor ainda, lembre de algum livro que leu e marcou a sua vida.
Nos dias 5 e 6 de dezembro ocorreu a 5° Feira do Livro da Escola Liberato Salzano Vieira da Cunha. A feira não estava sendo realizada na Liberato há cinco anos e nesse ano ocorreu por desejo e interesse de um grupo de alunos que resolveram sair daquele “marasmo literário”. Uma grande poetisa e contista brasileira conhecida como Cora Coralina escreveu o seguinte: “O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.” Vejam que interessante: esse grupo de alunos, guiados pela professora Rosana Ortiz, talvez ainda não saiba quem foi Cora Coralina, porém colocaram em prática as suas ideias. Compreenderam que com os livros não se aprendem somente palavras novas, mas sim, música, teatro, dança, cinema, pintura, resumindo, os livros permeiam a vida de todos, gostando ou não.
Feira dos livros ocorrem em muitas escolas na cidade, aliás, feiras ótimas e bem organizadas, e essa escrita não tem por objetivo esquecer o empenho e dedicação dessas outras entidades, todavia é motivador quando alunos resolvem mudar a realidade de sua própria escola. Os alunos da Liberato acreditaram e saíram em busca dos palestrantes, patrocinadores e ajudantes para assim poderem realizar seus sonhos. Que lindo, eles semearam algo que já estão colhendo e ainda colherão.
Não é isso que os professores e as escolas desejam de seus alunos? Que sejam capazes de se organizar e lutarem pelo que idealizam? Que gostem de estar na escola e principalmente que façam valer a pena cada segundo que passam dentro da mesma? Provavelmente, esses alunos não são aqueles paradinhos e quietinhos em sala da aula, muito provável que sejam aqueles mais agitados dos quais é chamada a atenção durante muitas vezes no decorrer de uma aula. São os verdadeiros “inquietos”, inquietos para inovar, para aprender coisas novas e não ficarem acomodados e verem a vida passar simplesmente como uma pintura.
Tomara, mas tomara que esses alunos continuem inquietos, que “incomodem” pelas mudanças e melhorias em suas realidades e, melhor ainda, que seus exemplos possam ser levados a outros colegas e escolas. E claro, nada disso seria possível se não houvesse pessoas que apostassem e acreditassem nesses alunos como a direção, funcionários e professores da escola, em especial a dois professores, Rosana Ortiz e Paulo Ricardo Tavares da Silveira. Esse, por sinal, mesmo não estando mais atuando na escola, foi escolhido pelos próprios alunos sendo considerado um exemplo para os mesmos.
Ainda pensando o que aprendeu com os livros? Talvez essa resposta fique sempre em aberto, afinal, que a cada novo dia a leitura de algo traga o aprendizado do novo. Mas se você acha que os livros são uma perca de tempo e que ler dá preguiça, fique com o pensamento de um gaúcho chamado Mário Quintana, "livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas".